Hello Folks, here is Antonio, I'm here to post a comment of Felipe about his Graphic Novel, "Light of Thy Countenance", where he talks about the process of creation of the comic, what he felt and make to accomplish this great masterpiece!
“Think not that gods find no enjoyment in apocalypse: It is our noblest sport.” Making the Graphic Novel “Light of thy Countenance”
In the end of 2006, after passing one entire year without getting any work at all in the comic industries, I was contacted by my agent Joe Prado, he phoned me with a great surprise “Felipe, I got an Alan Moore comic for you”. I found it very strange, how in earth “Alan Moore”? I would start my career with something related to the genius comic book writer of Northampton?
Exactly!
It would be an adaptation to comics of a story written by the master in 1994 and published in the anthology FORBIDDEN ACTS, while we were translating the complicated (for me) script in british English, and the AVATAR PRESS was collecting some references for me, I had painted a pin-up book of Lady Death (character of Brian Pulido), to gain some time (and money).
As soon as I received the script and the numerous references for the Graphic, I stated to make the layouts for the pages. The story was fantastically strange and experimental, I throw myself into this insane universe to create this piece, I was passing through a hard moment in my life and maybe this had some reflexes in the pages…
In many aspects of the story it reminds me the style of Promethea series, the own television narrates its (maybe his, or her, or “hir”) creation and influence in the human life as it was a God, it mocks of its slaves with “Alan Mooriest” phrases, with strong and well-written speech, like we can read in the page 16:
“For I am He, the voice you turned to in your loneliness. I am the one who shrank the mountains and the jungles; shrank whole wars and brought them unto you in bottles. In your billions you adore me, faces underlit with grace. I am the length and breadth of your reality and all your dearest thoughts are but extensions of my own, my perfect dreming mercy, born in brightness. I am He for whom you put aside the ones you love, and on my altars human time is gladly sacrificed, whole lives evaporated in my pure and glimmering heat. I am the silence of the will. In me are past and present both remade, and in me is a promise of the world to come, sweet lux aeterna, radiance without end.”
Mixing tons of historical references and lysergic trips in the script, I spent months painting the pages, and also painting other covers for Avatar. The whole process last more than I expected because of this interruptions, but the results pleased me a bit, when the graphic came out in the beginning of this year (2009), I had evolve lots of in my style since I first started to paint it. And also, it was a great opportunity to have my name related with the Northampton Wizard.
The website Comic Book Resources asked in the month of the comic release to the master what he thought about the adaptation, he said: “Felipe Massafera and Anthony Johnston's adaptation of Light of Thy Countenance is probably more gripping than the original story. I’m immensely pleased.”
I confess that when I read that I laughed with immense joy for weeks, thinking in all the terrible lonely nights I spent drawing wasn’t for nothing.
I left here the best wishes for some people who helped me, posing for the story, without them, this work wouldn’t never be born: To Aline Manera, who gave life to Maureen Cooper, the main character of the comic; Mateus Trentin, Rogério Magrão, my mother, Nair Massafera, my brother-in-law Fernando Scheidt, my sister Giane and my nephew Ian, and to my cat Shaky who died while this novel was been made, she, more than appearing in the story, was my only companion, because she used to stay at my studio, laying down over my comic books and even over my paintings! (laughs).
A Great Hug, for everyone of you!
Felipe Massafera
-----------------------------
Olá Pessoal, aqui é o Antonio e venho deixando um depoimento do Massafera a respeito do processo de criação da Graphic Novel dele baseada no conto do ALan Moore, Light of Thy Countenance! Espero que curtam!
"NÃO PENSE QUE DEUSES NÃO ENCONTRAM PRAZER NO APOCALIPSE, É NOSSO ESPORTE MAIS NOBRE" Fazendo a Graphic novel Light of Thy Countenance.
No fim de 2006, depois de passar um ano sendo agenciado e sem conseguir trampo algum com comics, fui contatado pelo meu agente Joe Prado pelo telefone com uma grande surpresa "Felipão consegui uma HQ do Alan Moore pra você", achei estranho como assim Alan Moore? Já ia começar de cara com algo relacionado ao genial escritor? Exatamente! Seria uma adaptação para a arte sequencial de um conto escrito pelo mestre em 1994 e publicada na antologia FORBIDDEN ACTS. Enquanto estávamos traduzindo o complicadíssimo roteiro em inglês britânico, e a editora Avatar estava coletando referências para mim, acabei pintando um livro de pin-ups da personagem Lady Death para a mesma editora para ganhar tempo (e dinheiro).
Assim que recebi o roteiro e as inúmeras referências, comecei a produzir os layouts de páginas. A história era fantástica estranha e experimental, mergulhei neste universo louco de cabeça para a produção da obra, estava passando por um momento tenso em minha vida pessoal e talvez isto tenha sido refletido nas páginas...
Em muitos aspectos a história me lembrava o estilo de Promethea, a própria televisão narra sua criação e influência na vida humana como se fosse um Deus, ela zomba dos seus súditos com frases Alan Murescas rebuscadas como segue o trecho a seguir extraído da página 16 ...
"POIS SOU ELE, A VOZ QUE VOCÊ BUSCAVA NA SUA SOLIDÃO.
SOU AQUELE QUE ENCOLHEU AS MONTANHAS E AS SELVAS, ENCOLHEU GUERRAS INTEIRAS E AS TROUXE ENGARRAFADAS A VOCÊ. AOS BILHÕES VOCÊS ME ADORAM, ROSTOS GRACIOSAMENTE ILUMINADOS DE BAIXO.
SOU O COMPRIMENTO E A LARGURA DA SUA REALIDADE E TODOS OS SEUS MAIS CAROS PENSAMENTOS NÃO PASSAM DE EXTENSÕES DOS MEUS PRÓPRIOS, DA MINHA PERFEITA CLEMÊNCIA ONÍRICA NASCIDA EM BRILHO.
SOU AQUELE POR QUEM VOCÊ SE SEPARA DOS ENTES QUERIDOS, E EM MEUS ALTARES O TEMPO HUMANO É SACRIFICADO PRAZEROSAMENTE E VIDAS INTEIRAS SE EVAPORARAM NO MEU CALOR PURO E BRILHANTE.
SOU O SILÊNCIO DO DESEJO. EM MIM TANTO PASSADO COMO PRESENTE SÃO REFEITOS, E EM MIM TRAGO UMA PROMESSA DO MUNDO POR VIR, A DOCE LUX AETERNA O ESPLENDOR SEM FIM.”
Misturado a toneladas de referências históricas e viagens lisérgicas do roteiro eu passava os meses a fio pintando as páginas e intercalando as com outras capas para a Avatar, o processo acabou demorando mais do que eu imaginava por causa dessas interrupções, mas o resultado final me agradou um bocado, não muito pois quando a revista saiu no começo deste ano de 2009, eu já havia evoluído bem mais no meu estilo desde que comecei a pintá-la. Mas mesmo assim foi uma grande oportunidade poder ter meu nome ligado ao Bruxo de Northhampton.
O site Comic Book Resources perguntou no mês de lançamento da revista ao mestre o que ele havia achado da adaptação e ele disse " A adaptação de Felipe Massafera e Anthony Johnston para Light of Thy Countenance é provavelmente mais contundente que a história original, estou imensamente satisfeito". Confesso que ao ler isso fiquei rindo atoa por semanas, pensando que todas as horas angustiantemente solitárias gastas na prancheta não foram em vão...
Deixo meus agradecimentos para algumas pessoas que me ajudaram posando para a história, sem eles o trabalho não teria criado vida, Aline Manera que deu vida a Maureen Cooper protagonista da hq, Mateus Trentin, Rogério Magrão, minha mãe Nair Massafera, meu cunhado Fernando Scheidt, minha irmã Giane e meu sobrinho Ian, e minha gata Shaky que morreu enquanto eu estava fazendo as páginas, ela além de aparecer na história foi minha única companheira, pois ficava no meu estúdio deitada em cima dos meus gibis e as vezes até em cima das pinturas rs.
Grande Abraço a todos!
“Think not that gods find no enjoyment in apocalypse: It is our noblest sport.” Making the Graphic Novel “Light of thy Countenance”
In the end of 2006, after passing one entire year without getting any work at all in the comic industries, I was contacted by my agent Joe Prado, he phoned me with a great surprise “Felipe, I got an Alan Moore comic for you”. I found it very strange, how in earth “Alan Moore”? I would start my career with something related to the genius comic book writer of Northampton?
Exactly!It would be an adaptation to comics of a story written by the master in 1994 and published in the anthology FORBIDDEN ACTS, while we were translating the complicated (for me) script in british English, and the AVATAR PRESS was collecting some references for me, I had painted a pin-up book of Lady Death (character of Brian Pulido), to gain some time (and money).
As soon as I received the script and the numerous references for the Graphic, I stated to make the layouts for the pages. The story was fantastically strange and experimental, I throw myself into this insane universe to create this piece, I was passing through a hard moment in my life and maybe this had some reflexes in the pages…
In many aspects of the story it reminds me the style of Promethea series, the own television narrates its (maybe his, or her, or “hir”) creation and influence in the human life as it was a God, it mocks of its slaves with “Alan Mooriest” phrases, with strong and well-written speech, like we can read in the page 16:
“For I am He, the voice you turned to in your loneliness. I am the one who shrank the mountains and the jungles; shrank whole wars and brought them unto you in bottles. In your billions you adore me, faces underlit with grace. I am the length and breadth of your reality and all your dearest thoughts are but extensions of my own, my perfect dreming mercy, born in brightness. I am He for whom you put aside the ones you love, and on my altars human time is gladly sacrificed, whole lives evaporated in my pure and glimmering heat. I am the silence of the will. In me are past and present both remade, and in me is a promise of the world to come, sweet lux aeterna, radiance without end.”
Mixing tons of historical references and lysergic trips in the script, I spent months painting the pages, and also painting other covers for Avatar. The whole process last more than I expected because of this interruptions, but the results pleased me a bit, when the graphic came out in the beginning of this year (2009), I had evolve lots of in my style since I first started to paint it. And also, it was a great opportunity to have my name related with the Northampton Wizard.The website Comic Book Resources asked in the month of the comic release to the master what he thought about the adaptation, he said: “Felipe Massafera and Anthony Johnston's adaptation of Light of Thy Countenance is probably more gripping than the original story. I’m immensely pleased.”
I confess that when I read that I laughed with immense joy for weeks, thinking in all the terrible lonely nights I spent drawing wasn’t for nothing.
I left here the best wishes for some people who helped me, posing for the story, without them, this work wouldn’t never be born: To Aline Manera, who gave life to Maureen Cooper, the main character of the comic; Mateus Trentin, Rogério Magrão, my mother, Nair Massafera, my brother-in-law Fernando Scheidt, my sister Giane and my nephew Ian, and to my cat Shaky who died while this novel was been made, she, more than appearing in the story, was my only companion, because she used to stay at my studio, laying down over my comic books and even over my paintings! (laughs).
A Great Hug, for everyone of you!
Felipe Massafera
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Olá Pessoal, aqui é o Antonio e venho deixando um depoimento do Massafera a respeito do processo de criação da Graphic Novel dele baseada no conto do ALan Moore, Light of Thy Countenance! Espero que curtam!
"NÃO PENSE QUE DEUSES NÃO ENCONTRAM PRAZER NO APOCALIPSE, É NOSSO ESPORTE MAIS NOBRE" Fazendo a Graphic novel Light of Thy Countenance.
No fim de 2006, depois de passar um ano sendo agenciado e sem conseguir trampo algum com comics, fui contatado pelo meu agente Joe Prado pelo telefone com uma grande surpresa "Felipão consegui uma HQ do Alan Moore pra você", achei estranho como assim Alan Moore? Já ia começar de cara com algo relacionado ao genial escritor? Exatamente! Seria uma adaptação para a arte sequencial de um conto escrito pelo mestre em 1994 e publicada na antologia FORBIDDEN ACTS. Enquanto estávamos traduzindo o complicadíssimo roteiro em inglês britânico, e a editora Avatar estava coletando referências para mim, acabei pintando um livro de pin-ups da personagem Lady Death para a mesma editora para ganhar tempo (e dinheiro).
Assim que recebi o roteiro e as inúmeras referências, comecei a produzir os layouts de páginas. A história era fantástica estranha e experimental, mergulhei neste universo louco de cabeça para a produção da obra, estava passando por um momento tenso em minha vida pessoal e talvez isto tenha sido refletido nas páginas...
Em muitos aspectos a história me lembrava o estilo de Promethea, a própria televisão narra sua criação e influência na vida humana como se fosse um Deus, ela zomba dos seus súditos com frases Alan Murescas rebuscadas como segue o trecho a seguir extraído da página 16 ...
"POIS SOU ELE, A VOZ QUE VOCÊ BUSCAVA NA SUA SOLIDÃO.
SOU AQUELE QUE ENCOLHEU AS MONTANHAS E AS SELVAS, ENCOLHEU GUERRAS INTEIRAS E AS TROUXE ENGARRAFADAS A VOCÊ. AOS BILHÕES VOCÊS ME ADORAM, ROSTOS GRACIOSAMENTE ILUMINADOS DE BAIXO.
SOU O COMPRIMENTO E A LARGURA DA SUA REALIDADE E TODOS OS SEUS MAIS CAROS PENSAMENTOS NÃO PASSAM DE EXTENSÕES DOS MEUS PRÓPRIOS, DA MINHA PERFEITA CLEMÊNCIA ONÍRICA NASCIDA EM BRILHO.
SOU AQUELE POR QUEM VOCÊ SE SEPARA DOS ENTES QUERIDOS, E EM MEUS ALTARES O TEMPO HUMANO É SACRIFICADO PRAZEROSAMENTE E VIDAS INTEIRAS SE EVAPORARAM NO MEU CALOR PURO E BRILHANTE.
SOU O SILÊNCIO DO DESEJO. EM MIM TANTO PASSADO COMO PRESENTE SÃO REFEITOS, E EM MIM TRAGO UMA PROMESSA DO MUNDO POR VIR, A DOCE LUX AETERNA O ESPLENDOR SEM FIM.”
Misturado a toneladas de referências históricas e viagens lisérgicas do roteiro eu passava os meses a fio pintando as páginas e intercalando as com outras capas para a Avatar, o processo acabou demorando mais do que eu imaginava por causa dessas interrupções, mas o resultado final me agradou um bocado, não muito pois quando a revista saiu no começo deste ano de 2009, eu já havia evoluído bem mais no meu estilo desde que comecei a pintá-la. Mas mesmo assim foi uma grande oportunidade poder ter meu nome ligado ao Bruxo de Northhampton.
O site Comic Book Resources perguntou no mês de lançamento da revista ao mestre o que ele havia achado da adaptação e ele disse " A adaptação de Felipe Massafera e Anthony Johnston para Light of Thy Countenance é provavelmente mais contundente que a história original, estou imensamente satisfeito". Confesso que ao ler isso fiquei rindo atoa por semanas, pensando que todas as horas angustiantemente solitárias gastas na prancheta não foram em vão...
Deixo meus agradecimentos para algumas pessoas que me ajudaram posando para a história, sem eles o trabalho não teria criado vida, Aline Manera que deu vida a Maureen Cooper protagonista da hq, Mateus Trentin, Rogério Magrão, minha mãe Nair Massafera, meu cunhado Fernando Scheidt, minha irmã Giane e meu sobrinho Ian, e minha gata Shaky que morreu enquanto eu estava fazendo as páginas, ela além de aparecer na história foi minha única companheira, pois ficava no meu estúdio deitada em cima dos meus gibis e as vezes até em cima das pinturas rs.
Grande Abraço a todos!
